Modelo
de Ondulação Geoidal
Em função de sua rapidez e
precisão na obtenção de coordenadas, os Sistemas Globais de Navegação por
Satélite – GNSS (na sigla em inglês) revolucionaram as atividades que
necessitam de posicionamento. Entretanto, a altitude determinada utilizando um
receptor GNSS não está relacionada ao nível médio do mar (ou, de forma mais
rigorosa, ao geoide), mas a um elipsoide de referência com dimensões
específicas. Portanto, torna-se necessário conhecer a diferença entre as
superfícies do geoide e do elipsoide, isto é, a altura (ou ondulação) geoidal,
para que se possa obter a altitude acima do nível médio do mar (denominada
ortométrica). Desta forma, existe um grande interesse por um modelo de
ondulação geoidal brasileiro cada vez mais preciso para aplicações nas áreas de
mapeamento e engenharia. É com este objetivo que o MAPGEO2015, assim como os
modelos anteriores (MAPGEO2010, MAPGEO2004, MAPGEO92), foi concebido e
produzido conjuntamente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), através da Coordenação de Geodésia (CGED), e pela Escola Politécnica da
Universidade de São Paulo – EPUSP. O novo modelo foi calculado com uma
resolução de 5’ de arco, e o Sistema de Interpolação de Ondulações Geoidais foi
atualizado. Através deste sistema, os usuários podem obter a ondulação geoidal
em um ponto ou conjunto de pontos, cujas coordenadas refiram-se ao SIRGAS2000 e
compreendidas entre as latitudes de 6°N e 35°S e entre as longitudes de 75°W e
30°W, dentro do território brasileiro.
Para converter a altitude
elipsoidal (h), obtida através de receptores GNSS, em altitude ortométrica (H),
é necessário utilizar o valor da altura geoidal (N) fornecida por um modelo de
ondulação geoidal, utilizando a seguinte expressão:
H = h – N
Nenhum comentário:
Postar um comentário