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sábado, 6 de outubro de 2012


USUCAPIÃO
É na verdade um processo que se entra para regularizar um terreno onde só se tem a posse, ou recibos de compra e venda, etc, para entrar com processo de Usucapião o primeiro passo é fazer o Levantamento topográfico planimétrico do terreno contratando um profissional habilitado pelo CREA, que ao final do trabalho irá emitir um ART - Anotação de Responsabilidade Técnica, e entregar junto com a ART, a planta e o memorial descritivo.
Ficar atento as portarias nos Tribunais de Justiça, pois cada município tem um modelo e procedimento padrão para a elaboração das plantas.

Na planta e no memorial descritivo deverá aparecer o nome atualizado de cada confrontante, pois mais a frente todos serão intimados a se manifestar sobre o processo.

Na entrada do processo a advogado coloca as qualificações dos confrontantes, como estado civil  profissão, endereço, etc, se o proprietário ou proprietária for casado tem que colocar o nome do cônjuge.

RETIFICAÇÃO DE ÁREA
Retificação de área é o ato de modificar ângulos, perímetros, áreas, etc, tudo que não está certo na matrícula passa agora a estar com áreas, perímetros, etc, tudo igual ao levantamento topográfico planimétrico, ele é um pouco trabalhoso.

1- fazer o levantamento planimétrico do local atual.

2- coletar nomes e CPFs dos confrontantes, pois os mesmos tem que sair na planta para que depois assinem e reconheçam em cartório, e só pode ser por autenticidade.

3- mostrar em planta a área desenhada como na matrícula e desenhada como realmente é, se der de colocar uma sobreposta a outra, com linhas em cores diferentes e hachuras diferentes melhor ainda, senão pode fazer separado mesmo.
4- fazer o memorial descritivo e ART.

5- fazer uma declaração de aparelho utilizado informando a precisão e tal.

6- fazer uma declaração de que o terreno é intra muros e que não existe litígio aparente, e que está ciente do tero do art. tal, lei tal, etc.

7- na ART no campo observações tem que contar que a finalidade é para construir processo de retificação de área, da matrícula, tal, folha, tal, livro,tal, etc.

8 - feito tudo isso todos os locais na planta memorial descritivo e ART, técnico e proprietário tem que assinar e reconhecer assinatura em cartório, e os confrontantes o mesmo, só que apenas na planta geral.

UNIFICAÇÃO
Unificação ou Remembramento como está cadastrado no CREA, o "RE" para mim é quando algo voltou a ser, que pode ou não ser o caso mais tudo bem, alguns chamam de remembramento e outros de unificação de área, ou de matrículas, na verdade é tudo a mesma coisa, e ele é o oposto do Desmembramento, um vai dividir os lotes e o outro vai juntar, que é o caso da unificação, unificar é o ato de juntar duas ou mais matrículas em uma só, e o procedimento é o mesmo que no desmembramento se leva a prefeitura, e depois já leva ao cartório com o carimbo da aprovação municipal, sempre obedecendo ao plano diretor, para nunca dar nenhum problema, não precisa fazer as plantas e memoriais individuais desta vez, apenas uma planta geral com todos os lotes divididos dentro dela na forma como estão na matrícula, ficar atento pois se as áreas levantadas não forem do tamanho da matrícula, primeiro se tem que fazer a retificação de área para depois unificar.
DESMEMBRAMENTO
Desmembramento quando se fala de terrenos lotes sítios, etc, é o ato de dividir o terreno em duas ou mais áreas, para que o mesmo seja aprovado nos cartórios de registros de imóveis municipais, os mesmos tem que estar atendendo o plano diretor de cada município, como testada mínima de frente, distância mínima do eixo da via, área quadrada mínima para fracionar, etc, tudo dentro do plano diretor é só fazer as plantas informando nomes e CPFs dos proprietários em cada fração da divisão e memoriais descritivos individuais, e plantas individuais, a ART pode ser uma só, e mandar tudo isso para o cartório, alguns cartórios já intimam a prefeitura para a manifestação, e outros já pedem que se traga a planta aprovada pela prefeitura no ato da abertura do processo, e se paga uma taxa para cada lote desmembrado ficar atento pois se as áreas levantadas não forem do tamanho da matrícula, primeiro se tem que fazer a retificação de área para depois unificar.

FONTE: http://www.topograforicardo.com.BR

Levantamento Topográfico para Regularização de Terrenos (inclusive usucapião)


LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO E  PLANI-ALTIMÉTRICO PARA FINS DE USUCAPIÃO

  1. LEVANTAMENTO DOS LIMITES E CONFRONTAÇÕES DE UMA PROPRIEDADE, PELA DETERMINAÇÃO DO SEU PERÍMETRO, INCLUINDO, QUANDO HOUVER, O ALINHAMENTO DAS VIAS OU LOGRADOUROS COM O QUAL FAÇA FRENTE, BEM COMO A SUA ORIENTAÇÃO E A SUA AMARRAÇÃO A PONTOS MATERIALIZADOS NO TERRENO DE UMA REDE DE REFERÊNCIA CADASTRAL, OU, NO CASO DE SUA INEXISTÊNCIA, A PONTOS NOTÁVEIS E ESTÁVEIS NAS SUAS IMEDIAÇÕES.
  2. DETERMINAÇÃO DAS ALTURAS RELATIVAS A UMA SUPERFÍCIE DE REFERÊNCIA, DOS PONTOS DE APOIO E/OU DOS PONTOS DE DETALHES VISANDO À REPRESENTAÇÃO ALTIMÉTRICA DA SUPERFÍCIE LEVANTADA.
  3. RELAÇÃO DE TODAS AS CONSTRUÇÕES QUE OCUPAM O TERRENO, BEM COMO AS SUAS MEDIDAS, DESCRIÇÕES E CONFRONTAÇÕES.
  4. -APÓS A VERIFICAÇÃO DOS ITENS ACIMA E CONFECCIONADA A PLANTA PLANIALTIMÉTRICA, BEM COMO O RESPECTIVO MEMORIAL DESCRITIVO.
NOTA:

SE NECESSÁRIO, PODERÁ TAMBÉM SER ADICIONADO AO LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO O RESPECTIVO LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO QUE CONSISTE TIRADA DE FOTOS DOS LOTES CONFRONTANTES AO LOTE USUCAPIENDO (LATERAL ESQUERDA, LATERAL DIREITA E FUNDOS, BEM COMO SUA DESCRIÇÃO.


PLANTA DE DESDOBRO (A SER FEITA PELO ARQUITETO)
DOCUMENTOS NECESSÁRIOS PARA O PROCESSO DE LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO
  • COPIA DO CIC E RG
  • CONTRATO DE COMPRA E VENDA
  • XEROX IPTU
  • PLANTA DE DESDOBRO (A SER FEITA PELO ARQUITETO)
  • MEMORIAL DESCRITIVO DO LOTE.
  • LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO (A SER FEITO PELO ARQUITETO)
NOTAS:
A RELAÇAO DE DOCUMENTOS MENCIONADA, NÃO INFLUI NA CONFECÇÃO DA PLANTA E MEMORIAIS, SENDO NECESSÁRIO O MÍNIMO DE INFORMAÇÕES VERBAIS PASSADAS PELO CLIENTE E XEROX DE SEUS DOCUMENTOS PESSOAIS.
NO PROCESSO DE USUCAPIÃO, O TRABALHO DO ARQUITETO DEVERA SER COMPLETADO COM O TRABALHO DO ADVOGADO, BEM COMO SEUS CUSTOS E ORIENTAÇÕES JURÍDICAS.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Erros instrumentais da Estação Total



Teoricamente, as Estações
Totais devem satisfazer as
seguintes exigências:
a) O eixo de visada ZZ deve
ser perpendicular ao eixo
secundário KK
b) O eixo secundário KK deve
ser perpendicular ao eixo
principal VV
c) O eixo principal VV deve
estar exatamente na
perpendicular
d) A leitura do círculo vertical
deve ser exatamente igual
a zero no zênite
Quando essas exigências não
são atendidas, os seguintes
termos são usados para
descrever cada erro:
a) Erro de colimação ou erro
de visada c (para a não
perpendicularidade entre
o eixo de visada e o eixo
secundário)
b) Erro de horizontalidade a
(para a não
perpendicularidade entre
o eixo secundário e o eixo
principal)
c) Erro de verticalidade (para
o ângulo entre a linha de
prumo e o eixo principal)
Os efeitos desses três erros
nas medições dos ângulos
horizontais aumentam com a
diferença de cota entre os
pontos visados.
Realizando-se medições nas
duas faces da luneta, são
eliminados os erros de
colimação e de
horizontalidade. O erro de
colimação (e para as
Estações Totais com precisão
elevada, também o erro de
horizontalidade, que é
geralmente muito pequeno)
pode ser determinado e
armazenado. Esses erros são
então considerados
automaticamente sempre
que um ângulo é medido,
possibilitando a realização de
medições praticamente livres
de erros, mesmo usando-se
apenas uma face da luneta. A
determinação desses erros e
a sua armazenagem encontram-
se descritos detalhadamente
no manual do usuário.
O erro de verticalidade não é
considerado um erro do instrumento.
Ele ocorre quando
o instrumento não é nivelado
corretamente. A realização
de medições em ambas as
faces da luneta não o elimina.
A sua influência na
medição dos ângulos horizontal
e vertical é automaticamente
corrigida através do
compensador nos dois eixos.
d) Erro de índice vertical i
(para o ângulo entre a
direção zenital e a leitura
zero do círculo vertical, ou
seja, a leitura do círculo
vertical para uma visada
horizontal não é igual a
90° ou 100 grados, mas
90° + i).
O erro de índice vertical é eliminado
realizando-se medições
para ambas as faces da
luneta e calculando-se a
média dos valores medidos.
Ele também pode ser
determinado e armazenado
no instrumento.
Nota: Os erros instrumentais
variam com a temperatura,
após longos períodos de
transporte e em conseqüência
de vibrações. Se o usuário
desejar medir com apenas
uma face da luneta, deve
antes de iniciar as medições
determinar os erros do
instrumento e armazená-los.

domingo, 30 de setembro de 2012

PASSAGENS DA CARTOGRAFIA MILITAR PELO MUNDO



O Brasil, País-Continente, quinto maior país do mundo em extensão territorial, que no passado tinha litígios fronteiriços com a vizinha Argentina, fez com que na época o Major Alfredo Vidal, depois, General e primeiro Diretor do Serviço Geográfico Militar mantivesse contatos com a Europa, que desenvolvia progressos em Fotogrametria, pois a nação precisava de soluções técnicas em cartografia para dirimir quaisquer dúvidas de seus limites no Sul, possibilitando a vinda em14 de outubro de 1920 da Missão Austríaca, já narrada nos papers de as MIRAs 106, 132 e no CD Rom do XXCBC/SBC-PUC-RS em Porto Alegre – A missão cartográfica imperial militar austríaca no Exército Brasileiro – Um relato histórico da fotogrametria. O Brasil não possui problemas fronteiriços com seus Países Vizinhos na América do Sul, tendo sido um dos signatários do recente acordo de fronteiras celebrado entre o Equador e o Peru.

A partir de 1971 vários Engenheiros Cartógrafos Brasileiros estiveram estudando na Escola Cartográfica do Serviço Geográfico Interamericano, na Base Norte-Americana, situada em Forte Clayton, na Zona do Canal do Panamá, no Panamá, recentemente desativada. O Engenheiro Cartógrafo Joil Rafael Portella foi eleito o representante de turma dos brasileiros e lá fez o Curso de Fotogrametria Básica, os Engenheiros Cartógrafos Josias da Silva Ribamar e Lidoan também do IBGE fizeram o Curso de Fotogrametria Avançada.

Na época o primeiro colocado no Curso foi o Engenheiro Militar da Aeronáutica Getúlio, empregava-se então o aparelho do sistema anaglifo. Anos depois, os Engenheiros Cartógrafos do IBGE, Duque Novaes e Mário de Oliveira fizeram em Forte Clayton, o primeiro Curso de Sensoriamento Remoto. Os Oficiais, Sargentos e Técnicos Civis do ICA também fizeram vários cursos no Panamá, bem como os Oficiais da DSG. Estudaram em Fort Clayton pela Aeronáutica – Cel Eng. Cart.Alison Vieira de Vasconcelos e Ten Cel Eng. Cart. Nei Erling e nos EUA para o Mestrado o Ten Cel Eng. Cart. Fernando Rodrigues Carvalho.

A Diretoria do Serviço Geográfico do Exército-DSG, no período de 15 de março a 15 de dezembro de 1981, ofereceu um estágio para dois Oficiais Bolivianos, a pedido do Comando do Exército da Bolívia. Foram incluídos neste estágio: prática de aerotriangulação e ortofoto, restituição, gravação, visitas de campo e a órgãos congêneres. Esta visita foi resultado dos entendimentos realizados , quando da Reunião dos Institutos Geográficos da América do Sul, ocorrida em Buenos Aires, na Argentina. O Instituto Militar de Engenharia recebe sempre alunos do exterior, a Autora, por exemplo, ao ministrar aulas por lá teve como um de seus alunos um oficial da Fuerza Aérea Boliviana, Victor Ledezma. O Comandante Ojeda da DHN/Venezuela, foi aluno do Curso de Mestrado da Cartografia, mais tarde voltaria ao Brasil para cursar a ESG.

Os Cartógrafos Militares Portugueses sempre estiveram na vanguarda do processo da Cartografia. Do Estudo das Cartas Históricas da Mapoteca do Serviço Geográfico - A Cartografia Luso-Brasileira, do Major Sebastião da Silva Furtado, datado de 1959, transcreve-se:

“Sugestionado pelos resultados da triangulação de Londres a Doyer, que presenciara, na qual se empregavam os métodos da Carta da França, de Cassini, o Ministro da Guerra Luís de Sousa Coutinho, Tenente General dos Reais Exércitos e ex-Governador e Capitão General da Capitania de Mato Grosso e Visconde de Balsemão, encarregou o Dr. Francisco Antônio Ciera da execução da Triangulação Geral do Reino. Este auxiliado por Carlos Frederico de Caula e Pedro Folque, a iniciou em 1770, tendo os trabalhos se prolongado até 1803, quando foram interrompidos. Depois de retomados terminaram em 1863”.

Em 1891 concluíram a Carta do Reino ou Carta Corográfica de Portugal na escala de 1:100.000. Em 1911 foi criada a Secção Cartográfica do Estado Maior do Exército e por Decreto Regulamentar de 24 de novembro de 1932, surgiram os Serviços Cartográficos do Exército – SCE. Em 1º de julho de 1993 esta unidade do Exército passou a chamar-se Instituto Geográfico do Exército.

O Instituto Geográfico do Exército Português, situado nos Olivais Norte, em Lisboa, no âmbito da defesa nacional, satisfaz plenamente, às necessidades do Exército e de outros ramos da Forças Armadas em Cartografia, incluindo a Política Geográfica da Organização do Tratado do Atlântico Norte – OTAN/NATO, da qual é País-Membro, a exemplo de vários Países da Europa, participando do Programa de Mapas Inteligentes. No apoio à Sociedade Civil presta serviços de utilidade pública, no campo da informação geográfica, tendo-se como exemplo, o Sistema Nacional de Informações Geográficas. Cabe lembrar que o IGE foi o único serviço militar presente com um estande na Exposicarta da International Cartographic Association – ICA/ACI, realizada em junho de 1997 em Estocolmo.

A 27 de outubro de 1972, em Florença – Firenze, Capital da Toscana, comemorou-se o Primeiro Centenário do Instituto Geográfico Militar da Itália, caminhando para os seus 137 anos. Em 1997, o Serviço Militar Britânico completou 250 Anos de Apoio Cartográfico, que começou em 1747 com a Rebelião Jacobina, quando tornou-se necessário o levantamento topográfico das famosas Highlands da Escócia, de acordo com Peter PARKINSON Adido Cartográfico Britânico em Washington.
Segundo o Major General William Roy:

“O Levantamento preciso de um país é universalmente reconhecido como um grandioso trabalho de utilidade pública, que tem o poder de incrementar e de fornecer suporte a todo tipo de atividade em tempos de paz e tem o poder de fundamentar os projetos jurídicos defesa contra a invasão do inimigo em tempo de guerra; em quaisquer das circunstâncias suas respectivas importâncias são sempre transformadoras”.

O Serviço Hidrográfico e Oceanográfico da Marinha do Chile, teve in´cio em dezembro de 1834, portanto, há 175 anos, quando o Rio Bueno foi levantado e mapeado pelo Comandante Roberto Simpson. Os levantamentos tiveram solução de continuidade e em Maio de 1874, foi criado o SHOM, que até hoje mapeou toda a Costa Chilena num total de 285 cartas náuticas e em 1998 estavam atualizando 20 delas. O Chile conta apoio aerofotogramétrico e topográfico, para suas atividades oceanográficas seguindo os padrões preconizados pela International Hidrographic Organization – IHO, produzindo com técnicas digitais cartas em papel tradicional e eletrônicas. A Enga. Cart. Eliane Alves da Silva esteve visitando as instalações do Instituto Geográfico Militar do Chile- IGM, e na Embaixada do Brasil (um dos palácios mais bonitos da capital chilena), o Adido do EB Cel Ananias, depois General, em Santiago, durante o VI Congresso Internacional de Ciências de la Tierra, onde foi com o paper – The Brazilian cartographic history – 500th years of the Brazil discovery by the portuguese, em agosto de 2000.

Outras nações como a República Popular da China tem trabalhado com Corpo de Oficiais Engenheiros, em Tropas de Paz, conhecidas como Capacetes Azuis das Nações Unidas, ou como a Espanha (que possui seis navios oceanográficos, fizemos um mini-cruzeiro pelo Mar Mediterrâneo, durante a EURO CARTO VIII, em abril de 1990, onde comparecemos pela Uff com passagem aérea pela FAPERJ, com o trabalho – “Cartography: Thinking, science and marketingJ), Estados Unidos e França em recente recuperação dos Países Caribenhos por onde passou um furacão devastador.

O Instituto Geográfico Agustin Codazzi nasceu em 1935, subordinado ao Estado Maior Geral do Exército da Colômbia, com o nome de Instituto Geográfico Militar. Em 1940 passou para a esfera do Ministério da Fazenda e Crédito Público, e em 1950 recebeu o seu nome atual. Esta presente na Colômbia com 21 (vinte e um escritórios), distribuídos em 7 (sete) regiões: Central, Oriental, Costa Atlântica, Andina, Pacífico., Orinoquía e Amazonia.

Agustin Codazzi, militar de origem italiana ficará para sempre na memória dos brasileiros por ter participado ativamente das Questões Limítrofes entre o Brasil e Inglaterra no caso da Guiana Inglesa, a saber:

- Mapa físico y politico de la República de Venezuela dedicado por su autor, el Coronel de Ingenieros Agustin Codazzi al Congresso Constiuynte de 1830, Caracas 1840, publicado em Lithografia em Paris por Thierry Fr. Questão que foi arbitrada pelo Rei de Itália, já mencionada neste livro;
- Mapa para demonstrar los limites de la Nueva Granada com el Brazil segun el nuevo tratado i la linea que le daba el Jeneral Acosta en su mapa de 1847. Trazado por el Coronel Agustin Codazzi en 1853 e
- Cópia de uma parte do mappa de Codazzi mostrando a linha de limite entre o Brazil e a Venezuela segundo o Tratado de limites de 1859, na escala de 1:340.000.

Em 1998 foi concluído o Projeto da República da Argentina, através de convênio de cooperação técnica celebrado em 1995 entre o Instituto Geográfico Militar da Argentina – IGM e o Instituto Cartográfico da Catalunya - ICC na Espanha, que contou com o mapeamento baseado em imagens de satélites com controle de campo, nas escalas de 1:50.000; 1:100.000 e 1:250.000.

Foram confeccionadas 717 cartas, na Projeção Gauss-Krugger, correspondendo a uma área de 2.200.000 quilômetros quadrados, em que foram empregadas 226 imagens – 69 da SPOT Image e 157 do Landsat-TM, geradas pelo INPE. Para 1999 esta previsto um outro projeto onde mais uma vez houve transferência de tecnologia do ICC para o IGM, na produção de 728 cartas cobrindo 40% do território argentino, com mapeamento sistemático na escala de 1:100.000.

* ELIANE ALVES DA SILVA

Engenheira cartógrafa, geógrafa, professora de geografia e mestre em ciências geográficas
Tecnologista senior do ibge/dgc/gdi
Coordenadora adjunta da câmara especializada de engenharia de agrimensura do crea-rj pelo senge-rj
Conselheira do clube de engenharia
Diretora – secretária da sociedade brasileira de geografia – sbg
Conselheira da associação brasileira de engenheiras e arquitetas – abea
Membro da sociedade brasileira de cartografia


sputinick@terra.com.br

Como Contratar


 

Levantamento topográfico


Pagamento pode ser por área, por dia, serviço ou por preço global




Henryk Sadura/shutterstock
Além de todas as marcações do terreno, como eventuais construções, o levantamento também pode trazer informações sobre o comportamento do solo no caso de chuvas
O levantamento topográfico visa gerar um modelo da porção de terra, subterrânea ou superficial que se tornará planta do local onde será realizada a obra. O processo é dividido em fase de coleta, processamento e tratamento de dados, disposição e gerenciamento das informações coletadas, que irá compor relatório e planta da área. "São mapas em escala, uma cartografia voltada à implantação de projetos, com mais detalhes", explica Jorge Cintra, professor da Poli-USP (Escola Politécnica da Universidade de São Paulo).
Os profissionais aptos a prestar este serviço são o engenheiro agrimensor registrado no Crea (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia) e o topógrafo, responsável técnico que assina a planta. O método mais utilizado é a geotecnologia, capaz de medir ângulos e distâncias por meio do taqueômetro, conhecido como estação total.
O scanner - semelhante ao taqueômetro e que faz 400 medições por segundo - é usado para criar modelos tridimensionais. Também pode ser utilizado o sensoriamento remoto, o imageamento por satélite, a aerofotogrametria e o posicionamento por GPS. Existe ainda a fotogrametria terrestre ou aérea, que usa filmes fotográficos ou imagens digitais - feitas com câmeras específicas.
ESPECIFICAÇÃO
Dentre os diversos tipos existentes, os mais usuais são o levantamento planimétrico, quando a projeção do terreno é feita em duas dimensões, representando comprimentos e larguras; e o levantamento planialtimétrico, quando são consideradas também as alturas e altitudes do terreno, resultando em planta em três dimensões. "Se o levantamento visa só à questão fundiária, ou seja, só os limites de propriedade, basta o planimétrico", exemplifica Régis Bueno, ex-professor da Poli-USP.
Já em loteamentos se faz necessário o levantamento planialtimétrico cadastral, em que são incluídas todas as marcações do terreno, como eventuais construções e áreas verdes protegidas. Esse cadastro é importante para que o construtor saiba se precisará desapropriar casas e terrenos e até mesmo se há necessidade de obter licença ambiental.
Além disso, podem ser levantadas questões temporais, como a análise da resposta do solo antes, durante e após a incidência de chuvas. Em alguns casos também é preciso fazer acompanhamento do volume de terra removida ou depositada no terreno.
O levantamento topográfico está presente em todas as etapas da obra, iniciando antes mesmo do desenvolvimento do projeto e passando pela marcação e implantação das fundações, construção de paredes etc. Geralmente, o profissional que fez o levantamento acompanha a construção. "Se ele não estiver disponível não há problema, porque o topógrafo gera uma planilha que outro profissional é capaz de interpretar e dar seguimento ao serviço", conta Ottorino Junior, diretor de obras da unidade São Paulo da Brookfield Incorporações.
COTAÇÕES DE PREÇOS E FORNECEDORES
O orçamento e o pagamento podem ser feitos por área, por dia, serviço ou por preço global, levando em consideração todas as etapas da construção. "A diária custa, em média, R$ 800 para cada equipe", avalia o diretor de obras da Brookfield.
O levantamento inicial geralmente é cobrado por metro quadrado, variando de acordo com a complexidade do terreno. "Em uma favela pode sair por R$ 2/m2, enquanto que um terreno limpo e plano pode custar R$ 0,10/m2", conta Maurílio Turbiani Junior, presidente da Aetesp (Associação das Empresas de Topografia do Estado de São Paulo), que aconselha à empresa contratada visitar o terreno antes de fechar negócio.
Os equipamentos empregados no levantamento também influenciarão no preço final. O GPS usado nesse tipo de serviço, por exemplo, possui tecnologia superior àquela utilizada em automóveis e pode custar de US$ 15 mil a US$ 30 mil. Sua manutenção também é cara e não sai por menos de US$ 100 a US$ 200 por dia. Todos esses valores compõem o custo final.
Dificuldades para as medições, como existência de matas preservadas, construções prévias, edificações tombadas e terreno com muitos desníveis também encarecem o serviço. Somam-se a isso regras impostas pela contratante, como ocorre com petrolíferas, que impõem restrições visando a segurança dos prestadores do serviço e dos funcionários da empresa.
LOGÍSTICA
Antes do orçamento, é preciso saber que tipo de levantamento será solicitado, quais especificações devem ser detalhadas e o nível de precisão dos dados. Logicamente, quanto maior a precisão das informações, maiores os custos.
Se a contratante não tiver engenheiro capaz de realizar as especificações, é preciso solicitar que uma consultoria realize a etapa pré-levantamento. "A empresa que prestará o serviço precisa conhecer exatamente as demandas da contratante para evitar erros ou gastos excedentes, não previstos no orçamento", explica Bueno.
É preciso checar se as delimitações do terreno estão de acordo com o que consta na documentação da área. Feito isso, é preciso limpar o terreno, retirando a vegetação rasteira e grama, que podem esconder desníveis do solo.
O topógrafo poderá fazer marcações no solo, para levantamentos terrestres ou aéreos, ou usar pontos de referência já existentes, como o cruzamento de ruas, quinas de construção prévia ou próxima do terreno.

Checklist
> É preciso estabelecer o tipo de levantamento necessário antes de realizar o orçamento. Pode ser preciso contratar uma consultoria
> Deixe o terreno livre de capim e outros elementos que possam dificultar o levantamento
> Ao contratar a empresa que prestará o serviço, deixe claro como será feito o pagamento e quais etapas da obra a equipe de levantamento terá que acompanhar
> Dependendo de cada caso, pode ser preciso obter licenças ambientais e desapropriar áreas para realizar a obra
> É comum que o topógrafo volte para acompanhar as fundações e a construção para checar se está de acordo com o levantamento


FONTE : http://revista.construcaomercado.com.br

Infográfico sobre topografia